segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Não podia sentir-me pior


[A Benedita - da minha autoria]

A semana começa muito mal. A noite foi passada em claro. Tremi o tempo todo. Tinha muito frio, mas sem razão.

O Ben, que afinal era uma Benedita, faleceu esta madrugada.

Custou-me tanto deitar-me e saber que de manhã ela não estaria viva. Mas ainda acreditei. As 4h48 ouvi o grito da mamã. O meu pressentimento era real, ou não tivesse eu ouvido uma coruja quando me deitei e a Benedita não estivesse a ficar fria.

Agora para perceberem a história toda cá vai um resumo da sua curta vida.

A Benedita veio cá para casa por ser um gato e para caçar ratos. Era pequenina e comia muito pouco. Era tão esquisita. Só comia ração da "Friskies Junior". Não cumpriu a função que lhe era destinada. Nunca deixei que fosse para a rua. Podia morrer atropelada porque ela não ficaria só no nosso espaço/quintal. Iria explorar tudo à volta, como fez por duas ou três vezes em que a deixamos ir à rua, sempre debaixo de olho.

Nos dias que fui para a Covilhã a gatinha teve o cio pela primeira vez. Descobrimos assim que era uma menina. A partir daí ficou doente. Teve uma doença rara. Levou injecções de quimioterapia. Depois veio uma esterilização porque o problema voltaria no próximo cio. Durante a operação a Benedita fez um edema pulmonar, mas lá recuperou. Durante 10 dias recuperou da operação com sucesso. Na 6ªfeira tirou o penso e o vestido que a protegia. Ganhou vida. Brincou tanto. Mas começou também a vomitar. Sábado de manhã lá vamos à veterinária. Ela achou que não seria nada da operação, era tarde para ser uma reacção. Talvez fosse uma gastroentrite. Eu dividei, porque não havia nada que a gatinha pudesse comer que ela não estivesse habituada e que lhe fizesse mal. Qualquer coisa era só marcar o número das urgências.

Ontem à noite, depois de um dia inteiro fora de casa, recorri ao número de emergência da clinica veterinária, a gata não estava melhor, antes pelo contrário. Do outro lado ninguém atendeu. Restou-me esperar pela manhã e rezar. Mas as notícias más chegaram de madrugada.

Hoje de manhã liguei à veterinária. Ficou sem saber o que me dizer. Diz que o telemóvel não registou as chamadas. Não sei porquê, não acredito. Hoje lá deu a mão à palmatória dizendo que realmente podia estar relacionado com a operação.

A mim resta-me chorar e esperar que com o tempo estar dor passe e fiquem as boas recordações.

Enquanto escrevo as lágrimas rolam sem parar. É impossível ver uma só letra, elas parecem tantas. Estou desde as 13:57 a escrever esta mensagem.

Hoje, nem a possibilidade de finalmente ir beber café com ELE e de nos revermos depois das férias me anima.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Apre! que o telemóvel nunca mais toca.

É que ele já cá está colocado.
Vem hoje apresentar-se.
Adenda:
Tocou!
Entre as 16h e as 18h.
Foi uma pena.
Trabalhei até as 19h.
Ele não podia esperar até essa hora.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ufa!

Finalmente saiu o resultado da colocação. Não fui eu a seleccionada.
Por muito bom que pudesse ser profissionalmente, pessoalmente ia ser mais um balde de água fria.
E neste momento, por muito triste que tenha ficado com o pouco tempo de serviço que ganhei trabalhando 9 meses (124 dias), não me apetecia ir embora daqui e deixar algo que me trouxe algumas alegrias para trás.
Seja o que Deus quiser...

Para inicio de semana...


[da minha autoria]

... os nervos estão à flor da pele. Por dois motivos.

Primeiro, estou ansiosa com as colocações em ofertas de escola. Num dia de maior desespero concorri a quase todas as vagas que havia disponíveis. Uma delas está em análise há demasiado tempo. Estou com medo da minha sorte. É que afinal há a possibilidade de ficar na escola do ano passado com a mesma equipa ou então só com ele. A vaga em análise é em Oeiras e o horário é completo. O que tornaria os nossos encontros inconciliáveis.

Segundo, ele está ainda à espera que saiam os resultados da colocação cá na escola. Mas vai ficar. A escola só tem a ganhar com ele cá. Ontem falámos via facebook. Ele tratou-me por querida e outras formas semelhantes, diz que está cheio de saudades minhas e deu a entender que eu sou especial para ele.

Já agora:

* o Verão podia continuar! Os sinais de que são os últimos dias começam a ser evidentes demais. Por isso a foto é das minhas chinelas. A última aquisição que fiz em calçado de Verão, já há algum tempo. As unhas estão de um rosa da Risqué, escolhido na esteticista, já há 15 dias. Claro que já o tirei. Durou 8 dias.

* o meu novo visual está a fazer sucesso. Os miúdos acham giro. Um dos mais velhos e que está na fase se só ver "gajas" diz que me fica muito bem. Estou curiosa para ver a reacção dele a esta cor. Ele é muito certinho, se é que me faço entender. Um verdadeiro cavalheiro. O princípe encantado que dizem já não existir...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mudanças

Já que não consigo as tão desejadas mudanças de vida.
Mudo a cor do cabelo!
O corte ficou muito semelhante ao anterior.
A cabelereira não quis mudar.
Eu confio nela.
Agora tenho madeixas vermelhas!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tenho duas soluções/hipóteses...


[imagem retirada da net, via pesquisa google]

... para resolver o meu problema!

1. Ou começo a procurar e arranjo uma casa para ir morar sozinha, e pago com dinheiro que não tenho e não ganho. Digo isto porque apesar de morar no interior a renda de uma casa não fica em menos de 350€.

Tenho de ponderar:

a) que há meses em que não ganho um único cêntimo, caso não fique colocada.

b) que mesmo naqueles meses em que ganho algum pode não chegar para pagar a renda, quanto mais as despesas de morar sozinha.

c) que para além de arranjar casa tenho de a rechear. Sendo que já tenho frigorifico, sofá cama velhinho, cama de ferro de uma só pessoa, algumas coisas do enxoval que a avó foi oferecendo e algumas coisas de cozinha que nem sei porque já fui comprando.

2. Ou rezo muito e tenho muita sorte e:

a) fico colocada longe de casa com horário completo. O que me obriga a alugar casa.

b) fico colocada na escola do ano passado, com a equipa pedagógica do ano passado, e concilio com as explicações que tenho e vou ganhando ao longo do ano. O que me vai manter afastada de casa a maior parte do dia, como no final do ano lectivo passado.
c) arranjo muitas explicações, que me deixam sem tempo sequer para respirar, quanto mais para estar em casa. Descendo à Terra, arranjo explicações suficientes para me manter ocupada grande parte do dia, sobretudo a tarde e a noite.

A rotina começa sê-lo na verdadeira acepção da palavra


[imagem retirada da net, via pesquisa google]

Finalmente os papás começam a voltar à rotina deles, o que me vai permitir vir aqui escrever com mais frequência.

A minha rotina?!

Essa ainda não existe.

As salas de estudo já começam na 2ªfeira. Já há algumas explicações em vista. Não me posso queixar, para início a "coisa" está bem encaminhada.

Estava desejosa de voltar à rotina. Isto é, estava farta das férias.

Nem sei se posso falar em férias. Não as quis ter porque não me apeteceu ir para algum lado atrelada aos papás. Mas eles também não foram a lado nenhum. O papá não quis. A mamã, como eu não fiz força e não manifestei interesse em ir, acomodou-se. Depois surgiu um problema com a gata* que nos impediu de sair da santa terrinha.

Assim sendo, este tempo todo fechada em casa com os papás serviu para chegar à brilhante conclusão de que necessito mesmo de uma casa só para mim. Mais do que nunca!

Quero a minha independência, quero o meu canto, a minha solidão...

* assunto do qual falarei numa próxima mensagem.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Já sou mais um número!


[imagem retirada da net, via pesquisa google]

Desde 6ªfeira que faço parte, oficialmente, das listas de desempregados.

Pela primeira vez inscrevi-me no fundo de desemprego, acho que é assim que se chama! O senhor do centro de emprego lá me explicou o que tenho de fazer.

Acho o "fim da picada".

Ora vamos lá ver o que tenho de fazer.

Deslocar-me de 15 em 15 dias da aldeia à cidade para me apresentar, ou no Centro de Emprego ou na Segurança Social. Apresentar, quando me for solicitado, o comprovativo de que por mês faço no mínimo 3 tentativas de arranjar emprego. Como sou professora basta entregar um comprovativo de que estou interessada em ficar colocada. Ficar colocada só lá para Dezembro e isto se tiver sorte. Apresentar comprovativos das ofertas de escola a que concorro é fácil, são às dúzias por dia. Começou logo na 6ªfeira. Agora resta-me saber como as vou imprimir.

Concorro para todo o país. Escolho muito pouco.

O pior é que a maioria das vagas estão guardadinhas para alguém que não eu. Quase não há ofertas que não tenham: "continuidade pedagógica", "ter leccionado nesta escola ou no agrupamento", "entrevista telefónica" e outras do género...

Mas, "a esperança é a última a morrer"!

Hei-de ter sorte e conseguir uma vaga qualquer.

Pensa positivo! Quer dizer, neste aspecto da minha vida até sou positiva!

domingo, 5 de setembro de 2010

Cor para a semana...

... ao natural!
Quer nas mãos, quer nos pés.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Talvez ela tenha razão...


[imagem retirada da net, via pesquisa google]

Ontem ao telemóvel com uma amiga, ela dizia-me que eu era sempre a mesma. Deixo sempre que as coisas aconteçam por elas, não forço nada. Se as coisas correm pior, custa-me, é certo, mas os outros nem se apercebem, porque nunca demonstro os meus verdadeiros sentimentos. Os outros não têm de "levar" com os meus problemas. Aqui é diferente ,só lê quem quer!

O dia de ontem fica marcado pelo facto de o meu nome constar na lista dos NÃO COLOCADOS, mas isso eu já esperava. O que me deixou mais triste foi ter sido alguém colocado na minha vaga do ano lectivo que acaba. Lá no fundo acreditava que a direcção da escola ia guardar as vagas para nós. Enganei-me redondamente. A vaga dele também foi preenchida. Azar. É porque algo melhor está reservado para mim. Digo eu da boca para fora...

Hoje, como um dia da semana passada, era suposto ir lanchar com ele, porque aqui a santa terrinha lhe ficava no meio do caminho. Hoje, tal como na semana passada, passei o dia à espera que o telemóvel tocasse. Nem um sonzinho ouvi. Podia ter-lhe ligado para ver se tinha acontecido alguma coisa?! Mas não, não disse nada. Fiquei à espera que as coisas aconteçam por elas.

Quando me apercebi que sentia algo por ele, já uma colega de trabalho me dizia que se ia passar alguma coisa. Eu dizia que não. Ela dizia que eu tinha de lhe dar um sinal. Sinal esse que nunca dei. Ontem a minha amiga disse-me que eu tenho de agir. Dizia-me se ele disser que não chega a tempo do lanche diz-lhe que pode ser um jantar...

Agora que ficamos não colocados e longe um do outro tenho mesmo de fazer alguma coisa!...